quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Memórias organizadas*


- Depois de alguns meses daquele inesquecível bailão de formatura, saí da Alto Astral rumo a Nova York, onde fiquei por quatro meses, fiz três cursos de extensão incríveis e assisti uma Copa do Mundo arrepiante perto dos gringos. Voltei para Brasil, SP, Bauru e liguei para o Rodrigo Figueiredo, na época repórter no Jornal da Cidade, que me avisou de uma vaga por lá. Fui repórter de economia e de rural, em dois anos incríveis de aprendizado. Dividi redação, também, com Fábio Turci, Renata Raposo e Ricardo Polletini. E finalmente fui morar sozinha.
- Em 2000, saí do JC para fazer o planejado e sonhado mestrado em Londres, na Universidade de Westminister. Ah, também me casei com o Mário (namorado da época da faculdade), que foi comigo. Cidade linda, clima do jeitinho que eu gosto, gente do mundo todo perto de mim e grandes mestres. Minha dissertação foi sobre a censura na Veja.
- Terminei, voltei para o Brasil (poucos dias antes do 11 de setembro), e queria dar aulas. Minha primeira faculdade foi em Assis, na Fema, com um contrato anual, e já adorei. No meio do ano, o Dino, da Unesp, me chamou para pegar a disciplina da Dalva: Comunicação Rural. Encarei, e durante mais de três anos, substitui a Terezinha, o Nicola e trabalhei no Impresso com o grande Ângelo. Também fui pesquisando e cheguei até o doutorado em História, na belíssima Unesp de Assis. E me separei do Mário, que felizmente continua meu amigo.
- Ao mesmíssimo tempo, também dei aulas na USC, onde trabalhei com bons professores e alunos. Só saí mesmo desses dois empregos incríveis no belo dia em que Márcio ABC me chamou para o Bom Dia. E como editora. Não consegui recusar a participação do lançamento de um jornal. Fui com fé e aguentei a desconfiança do meio acadêmico. Fiquei um ano lá; parecia uma verdadeira família. Mas minha orientadora do doutorado deu o ultimado: ou o jornal, ou a tese (realmente, Helena, impossível ter vida acadêmica em redação). Fiquei com a última e mergulhei na pesquisa.
- Peguei umas poucas aulas na Unip em Bauru para ir me mantendo, a bolsa da Capes saiu e eu defendi meu doutorado no tempo regulamentar, na manhã do dia 03 de março deste ano. Estudei a censura no Pasquim – coisa de doido. Não deu nem uma semana e saiu um concurso na Estadual de Londrina. Prestei, passei e parcialmente me mudei para lá. A UEL é, de longe, uma das melhores universidades que já trabalhei. E a cidade me encanta a cada dia.
- Mantenho uma casa, família e amigos em Bauru, continuo solteira, acho que nem engordei nem emagreci, mas certamente envelheci, já tentei deixar o vegetarianismo (em vão), tenho uma cachorra shar-pei que é companheira de estrada, amo dar aulas mas não me esqueço da adrenalina de uma boa redação, aprendi a curtir vinhos e adoro produzir nas madrugadas. Ingressar na Unesp com a turma de 94 foi o começo.

* como também sou historiadora, não posso deixar de fazer uma ressalva. Se o relato da memória parece ter uma coerência lógica, na prática, muitas vezes, os fatos foram absolutamente aleatórios, caóticos e irresponsáveis.

2 comentários:

  1. Cara Marcia,

    Olá! Que bela trajetória!
    Uma das lembranças mais bacanas que tenho de Bauru era das vezes em que ficava eu e Alfredo lá no ponto da Nações e, com sorte, calhava de você passar de carro e nos ver ali! (kkkkkkkkkkkk)

    Bjs!

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  2. Querido Márcio, espero seu texto - e logo! Também lembro com muito carinho das caronas. Com certeza, vai virar post logo logo. Tem muitas histórias boas naquele caminho para a Unesp com o Apollo. Como professora, matenho o mesmo hábito! Beijos, com carinho.

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